Didáctica da Língua em Rede - Educação de Infância

Na era das TIC impunha-se a criação de um espaço de formação interactiva, complementar à vida da sala de aula. Aqui está ele! Aberto à publicação de textos, imagens, pedidos de ajuda, sugestões...Aqui está a possibilidade de continuarmos e explorar as potencialidades da nossa língua portuguesa. Enviem as vossas publicações para educinf@hotmail.com. Todos seremos poucos. Bem-vindos!!! ENDEREÇO PARA "POSTAGENS": educinf@hotmail.com JMCouto

04 junho 2007

A RAINHA DAS CARTAS



«O baralho das cartas foi jogar,
Misturam-se os naipes para dar,
O jogo começou;

As copas eram trunfo bem preciso,
Mas veio uma rainha de improviso
E tudo se alterou.

A Rainha das Cartas, muito bela,
Ao Ás de Copas abriu a janela,
Duma ardente paixão.
Era a primeira vez que a encontrava,
Seu coração vermelho palpitava
De amor e confusão.

A Rainha das Carta inventada
Entrou neste baralho como fada,
Para jogar a vida;
Ficou o Ás de Copas encantado,
Por aquela Rainha enamorado,
Na sorte da partida!»

Autor: Olímpio da Cunha

Marioneta: Rainha das Cartas

Manipulador: Eunice Cunha

18 abril 2007

Solidão


"A solidão é
muito bela...
quando se tem
alguém a
quem o dizer."


Gustavo Adolfo Becquer

O que me entristece é que neste blog a solidão permanece mesmo quando todos sabem!!!

Sara Silva

23 março 2007

21 de Março DIA INTERNACIONAL DA POESIA


Hoje, 21 de Março, dia Internacional da luta contra o racismo e também o dia Internacional da poesia, fica bem aqui o poema de António Gedeão, Lágrima de Preta, cantado por Duarte Mendes.

Encontrei uma preta
que estava a chorar,
pedi-lhe uma lágrima
para a analisar.
Recolhi a lágrima
com todo o cuidado
num tubo de ensaio
bem esterilizado.
Olhei-a de um lado,
do outro e de frente:
tinha um ar de gota
muito transparente.
Mandei vir os ácidos,
as bases e os sais,
as drogas usadas
em casos que tais.
Ensaiei a frio,
experimentei ao lume,
de todas as vezes
deu-me o que é costume:
nem sinais de negro
nem vestígios de ódio.
Água (quase tudo)
e cloreto de sódio.

Sem palavras, simplesmente lindo!!!

Sara Silva

10 março 2007

Jogos, Histórias, Actividades


Olá meninas, encontrei este site com diversas actividades para fazer-mos com as crianças, visitem-no.

Telma

O Preço Certo (História)

Era uma vez um homem simples e bom que tinha muito orgulho na filha, em todos os
seus dons, dotes, prendas, primores ou como queiram chamar às qualidades que
enfeitam uma filha aos olhos de um pai embevecido.
- A minha Inês tudo em que toca transforma em ouro.
Maneira de dizer.
Mas um espião do rei entendeu aquela fala de ternura tal e qual. A seco. E foi
dizer ao rei:
- Há uma menina que transforma tudo em ouro.
- Quero-a aqui - exigiu o rei, um ganancioso.
Foram buscá-la. Imagine-se a aflição daquele pai.
Trazida à presença coroada, de nada valeu à rapariga protestar que não era nada
assim, que nunca soubera de bruxedos nem de magias que doiram as pedras do chão.
Tomara ela dar conta da lida da casa e mantê-la asseada, para que o pai velho e
viúvo sempre se sentisse bem.
O rei não acreditou.
- Ou tu, fechada neste quarto, transformas a cama em que te deitares em ouro ou
amanhã mando matar-te.
A menina chorou a noite toda.
De madrugada, por um primeiro raio de luz, que atravessou o quarto, escorregou
um gnomo, vindo não se sabe de onde.
Põe-se muito empertigado diante de Inês e disse-lhe:
- O que é que tu me dás se eu te salvar?
Inês não tinha nada de seu. Nem colares nem pulseiras nem anéis. O que é que ela
podia dar?
- Os teus cabelos - exigiu o gnomo.
- Queres que eu os corte? - perguntou a menina.
Por enquanto, não. Mais tarde arrecado. E também quero a tua pele.
Inês arrepiou-se.
- E os teus dentes. E os teus olhos. Mas não quero agora. Depois mos dás.
Se não era para já, que havia de fazer? Inês consentiu.
Então o gnomo cortou o raio de sol por onde tinha vindo e, como se o raio fosse
uma varinha de condão, com ele tocou a cama, que ficou feita de ouro. Depois,
desapareceu.
O rei, quando entrou no quarto, deu pulos de contente. Claro que quis mais. Por
vontade dele transformaria o reino todo, casas, montanhas, rios, pontes e até
pessoas em ouro puro.
Ele nesta loucura, aos gritos, e um raio de sol a fazer-lhe a vontade. Se queria
tudo em ouro, nada melhor do que começar o serviço por ele próprio. O raio de
sol transformou o rei numa estátua de ouro, talvez não muito puro. Para aquele
sôfrego a ambição chegara ao fim.
Sucedeu-lhe um rei mais sensato, que deixou Inês em paz. Ela voltou para casa,
onde o pai a recebeu em lágrimas.
A história podia acabar aqui, mas havia ainda a promessa por cumprir. Quando é
que o gnomo voltaria, para intimá-la à paga combinada? Os cabelos. A pele. Os
dentes. Os olhos.
Passou tempo. A airosa menina transformou-se numa mulher. Casou. Teve filhos. Os
filhos, chegando a altura, deram-lhe netos. Ela sempre feliz.
Só uma gota de amargura, pela vida fora.
Se o gnomo aparecia, de repente? Não podia faltar ao preço que dera pela sua
salvação.
Envelheceu, sempre acompanhada por este sobressalto. A pele esmoreceu-lhe. Muito
rugosa, empergaminhada. Caíram-lhe os dentes. Rareavam os cabelos. Via cada vez
pior.
Já não podia dar nada que prestasse, quando o gnomo viesse. Tão velhinha que
estava.


Telma Martins

AQUARELA - Vinicius


JMCouto

09 março 2007

Dia da Mulher


Ser Mulher, com Amor



Vale mais a mulher que se espera
Ou vale mais a mulher que se dá
Nem sempre a primeira é sincera
Nem sempre a segunda é má

Vale mais a ilusão do amor
Ou vale mais o fogo da paixão
Por vezes a espera prolonga-se em dor
Por vezes a entrega é um acto de amor

Vale mais viver em mentira sempre
Ou viver um momento de verdade
A mentira destrói a alma da gente
Que se alimenta de sinceridade

Vale mais olhar com preconceito
Vale mais admirar cada ser
Cada mulher tem o seu jeito
Tem capacidade de surpreender

Mulher sincera e delicada
É sempre um amor de mulher
Por mim será sempre admirada
E viverá como quiser.

Pedro Branquinho

Parabéns a todas as mulheres e só publiquei este poema hoje pois o dia da mulher deve de ser todos os dias!!!

beijos Sara Silva

27 fevereiro 2007

Pensamento da Semana



"A tristeza é um livro sábio que se tem no coração e que nos diz centenas de coisas - impede-nos de apodrecer como um cogumelo debaixo de uma árvore; pouco a pouco vai fabricando uma provisão de ensinamentos para a vida."
(Juliusz Slowacki
)

Porque me sinto assim, e porque preciso de novos ensinamentos, partilho com vocês esta linda frase que entre linhas nos diz muito.

Sara Silva

22 fevereiro 2007

Educação de Infância na voz das crianças




Encontrei no Inquietações pedagógicas um post, já antigo, com dados muito interessantes, que aqui passo a citar:

"Susana Nogueira, da Universidade do Algarve, apresentou os resultados de uma pesquisa junto de crianças do Jardim Infantil que tentou identificar a perspectiva das crianças relativamente ao JI através de três estratégias: entrevistas em pequenos grupos, desenhos do seu JI e reportagens fotográficas sobre o que achavam mais importante no seu JI.

Alguns resultados :

“Porque é que vêm todos os dias para o JI”?
1º - para brincar
2º - para aprender (“ser depois crescidos e ter mais escolas”)
3º - pelo prazer (“porque gostamos da escola”.)
Nenhuma criança falou de ser por os pais trabalharem e não terem com quem as deixar.

“Que mais gostam no JI”?
1º- Expressão plástica – “porque os trabalhos são a coisa mais importante que eu já vi...”
2º - Jogo Dramático
3º - Jogos – de construções, bonecas...
4º - Descoberta do mundo dos livros (“porque adoro as letras de todos os livros !”)

“De que menos gostam?”
“Que os meninos me batam!”

"Quais são as pessoas de quem mais gostam no JI" ?
"Os Amigos !"

“Quem é que decide o que se faz no JI?”
Elas. Os adultos intervêm quando elas se portam mal.

“Quem decide o que está certo e errado ?”
“Nós é que temos que pensar o que estamos a fazer mal e bem”

“Se um menino/a viesse para teu JI pela 1ª vez como se sentia ?”
“Feliz!”

Já reparam no quão é importante frequentar o Jardim de Infância? Tenho pena que este artigo não chegue a quem o precisava realmente de ler e também tenho pena é que este blog tenha servido só de avaliação para a maioria das pessoas e que a frequência com que o frequentavam era somente interesse avaliativo... suspiro!

Beijos Sara Silva